Livro Bíblico I Samuel



I Samuel conta a história de Samuel, um importante profeta, e do reinado do rei Saul até a sua morte, incluindo a guerra dos filisteus contra Israel e a grande façanha do jovem pastor David (mais tarde rei de Israel), ao derrotar o gigante Golias.
"Samuel falou então ao povo sobre a prerrogativa legítima do reinado, e escreveu-a num livro e depositou-o perante YHVH." [1]
  • Resumo de alguns destaques de I Samuel:
    • YHVH escolhe Samuel como profeta em Israel. (1:1–7:17)
    • Saul torna-se o primeiro rei de Israel. (8:1–15:35)
    • Davi obtém destaque, irando a Saul. (16:1–20:42)
    • Davi torna-se fugitivo. (21:1-27:12)
    • O reinado de Saul chega ao fim. (28:1–31:13)

Para entender a parte histórica dos livros de Samuel, torna-se necessário conhecer a história bíblica desse período.
As Doze tribos de Israel achavam-se desorganizadas. No período relatado em I Samuel, o perigo em comum obrigou-as a unirem-se. A conclusão lógica deste processo seria o estabelecimento de uma monarquia centralizada.
O livro relata a existência de duas visões opostas sobre o surgimento da autoridade política central: a primeira é contrária e hostil à monarquia ([2] ,[3] ), que era a visão mais democrática das tribos do Norte, que viviam em terras mais produtivas, a segunda visão é favorável à monarquia [4] [5] e representa a visão da Tribo de Judá, que vivia em terras menos produtivas. Considerando as duas versões, pode-se concluir que a autoridade é um mal necessário (embora justificável, ela pode ser absoluta, explorar e oprimir o povo) e, ao mesmo tempo, um dom de Deus (uma instituição mediadora, que deve representar, isto é, tornar presente o próprio Deus, único rei que liberta e governa o seu povo)[6] .
Por outro lado, Airton José da Silva sustenta que I Samuel 8:11-18 é um discurso colocado na boca de Samuel, por um autor deuteronomista, após a falência da monarquia[7] .
Os inimigos territoriais de Israel — MoabeEdom e Amon - também haviam se organizado em forma similar, inclusive antes que os israelitas chegassem a Canaã, depois de sua grande peregrinação pelo deserto, após terem sido libertos da escravidão Egito. Outro inimigo de Israel, Síria também tinha um governo monárquico.
Os Reis de Israel são retratados nestes livros como cabeças legais e visíveis dum estado nacional organizado. No entanto, compreende-se que a transição não foi abrupta, mas seguiu-se de forma gradual. Logo depois do período dos JuízesDeus escolhe o rei de Israel: Saul. O apoio e a direção de Deus sobre este israelita levam-o a alcançar grandes realizações. Esta nova instituição real aparece logo depois da vitória de Israel sobre Amom relatado em I Samuel. Logo após, o reinado de Saul recebe reconhecimento como autoridade nacional[5] .
Apesar da direção teocrática que a Bíblia outorga aos Reis de Israel e Judá, percebe-se que houve um desvio de proceder da parte de muitos destes, o que incluiu o rei Saul.
https://pt.wikipedia.org/wiki/I_Samuel

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